Carolina Salgado, testemunha central no processo de corrupção desportiva «Apito Dourado», sofreu esta madrugada um acidente de viação no Porto, na ponte da Arrábida, tendo recebido tratamento hospitalar no Hospital Santos Silva, em Gaia.
O incidente ocorreu cerca da 1h30 desta quinta-feira, no sentido Porto-Gaia, com o potente jipe BMW X5 cinzento a despistar-se à entrada da ponte, embatendo com grande violência no separador central.
A muita chuva e a sujidade na estrada são apontados pelas autoridades como motivos para o descontrolo do veículo, que, após um primeiro choque com o betão, entrou em piões, acabando por se imobilizar já sensivelmente a meio da ponte, virado para a parte interior da via, conforme foi testemunhado no local pelo PortugalDiário.
Carolina dirigia-se para sua casa e era acompanhada por veículos do Corpo de Protecção Policial da PSP, que conseguiram evitar novo embate. Aliás, devido à má visibilidade do local, vários outros condutores tiveram de recorrer a manobras evasivas para evitarem outros acidentes.
O auxílio pronto dos agentes foi crucial, dado que se aperceberam da violência do embate, que também disparou os air-bags do BMW.
Afectada pelo choque, Carolina sentiu dores na zona cervical, pelo que se manteve no interior do veículo, à espera do INEM. A ambulância chegou poucos momentos depois, com os paramédicos a assumirem desde logo medidas preventivas, como a colocação de colar cervical e outras protecções na coluna. Foi assim que a acidentada acabou por ser transportada para o hospital mais próximo, em Gaia.
Pai ajudou
A chegada de Carolina ao Santos Silva não passou despercebida às poucas pessoas que se encontravam nas urgências, já perto das duas da madrugada. Ainda assim, foi uma noite anormalmente calma, com poucos doentes, o que deixou muito espaço à equipa médica para tratar a figura pública.
O auxílio do seu pai, Joaquim Salgado, surgiu poucos momentos depois e esta seria a única pessoa da família a tomar conhecimento do sucedido durante várias horas, uma vez que foi imediatamente contactado pela filha.
No interior das urgências, a testemunha central do processo «Apito Dourado» tentava recuperar do susto, sempre acompanhada de perto por um dos agentes do Corpo de Protecção Pessoal. O pai apenas pôde trocar algumas palavras com a filha, para se aperceber do estado de saúde.
Carolina fez vários exames (raio-x e TAC) para tirar todas as dúvidas sobre uma eventual lesão cervical. Por mera prevenção médica, ficou no Hospital durante várias horas, recebendo alta já depois das oito da manhã, altura em que se deslocou para casa, onde permanece em descanso.
A família está abalada, pois o acidente foi aparatoso, mas têm a garantia que as mazelas ficaram-se pela veículo, que foi transportado de reboque pela assistência em viagem da seguradora.
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PENA NÃO TER MORRIDO